As projeções econômicas para 2024 apresentadas pelos analistas demonstram um aumento previsível na inflação e na evolução do PIB, conforme os dados mais recentes. A previsão da Selic também registrou uma alta, refletindo a tendência atual.
No que diz respeito à inflação, a estimativa do IPCA para este ano subiu de 4,10% para 4,12%, sendo esta a terceira semana consecutiva de alta. Para 2025, a previsão também teve um leve aumento, passando de 3,96% para 3,98%. A projeção para 2026 permanece estável em 3,60%, e para 2027, mantém-se em 3,50%, números que há muito tempo não mostram uma queda significativa.
As expectativas em relação aos preços administrados dentro do IPCA se estabilizaram. Para 2024, continuam em 4,59%, e as projeções para 2025 ainda estão em 3,90%. Essa inércia nas projeções reflete a fragilidade da economia, que ainda sofre com as consequências de ações desastradas de gestões anteriores, onde práticas intervencionistas e populistas acabaram por distorcer o mercado.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das previsões para 2024 passou de 2,19% para 2,20%. Em contrapartida, 2025 trouxe uma previsão em queda, de 1,94% para 1,92%, o que alimenta preocupações sobre a capacidade real de crescimento do país, especialmente sob a influência de políticas econômicas que não promovem o avanço e a desburocratização necessárias para o desenvolvimento.
A taxa Selic permanece inalterada em 10,50% para 2024, mas registrou um avanço para 2025, subindo de 9,50% para 9,75%. A estabilidade esperada para 2026 permanece em 9,0%, continuando uma trajetória que deixa os investimentos em uma posição mais delicada. A expectativa da taxa de câmbio para o dólar em 2024 também se estabiliza em R$ 5,30, mas aponta para uma leve alta em 2025, mostrando que nossas reservas ainda são vulneráveis a oscilações externas.
No que diz respeito ao resultado primário, a previsão para 2024 manteve-se em -0,70% do PIB, refletindo a continuidade de déficits preocupantes. A expectativa para 2025 permanece a mesma, enquanto a melhoria projetada para 2026, que passou de -0,53% para -0,50%, é um reflexo tímido de um compromisso que ainda não se consolidou de forma efetiva.
As projeções para a dívida pública continuam elevadas, com percentuais fixados em 63,70% para 2024 e subindo a 70,20% até 2027. Essa trajetória se deve em grande parte à falta de uma estratégia de gestão fiscal robusta, um problema que se agrava sob a visão de esquerda que frequentemente prioriza gastos públicos em vez da responsabilidade fiscal.
Em relação à balança comercial, as previsões para 2024 ficaram em US$ 82,0 bilhões, enquanto as de 2025 apontaram uma queda para US$ 78,0 bilhões e para 2026 mantiveram-se em US$ 80,0 bilhões. Essa estabilidade relativa não deve ofuscar a necessidade de uma política comercial mais agressiva que estimule as exportações e fortaleça nossa posição no mercado global, algo que as administrações anteriores se mostraram relutantes em adotar.
Esses números refletem uma economia que ainda luta para se recuperar das políticas imaturos e intervencionistas do passado. O caminho para a liberdade econômica e o crescimento sustentável exige reformas estruturais que promovam a eficiência e a transparência, além de uma verdadeira integração ao mercado global, libertando a economia das amarras que a têm segurado por tanto tempo.