Home economia Banco Central Reafirma Compromisso com Inflação, mas Medidas Governamentais Geram Incerteza Econômica

Banco Central Reafirma Compromisso com Inflação, mas Medidas Governamentais Geram Incerteza Econômica

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fez declarações nesta segunda-feira (12) que reforçam a intenção da autarquia em atuar de forma decisiva para controlar a inflação, independente de quem esteja à frente do comando. Durante um evento de inauguração de um novo campus da Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo, Campos Neto destacou que há um consenso entre os diretores do Banco de que o foco deve ser a obtenção das metas inflacionárias, o que é fundamental para a estabilidade econômica do país.

Ele observou que a inflação, que chegou a 4,5% em julho, o teto da meta, tem apresentado oscilações, mas que os itens menos voláteis estão se comportando de forma controlada. Campos Neto enfatizou a importância de uma postura técnica e coesa do Banco Central, reiterando que as decisões são tomadas com critérios técnicos, sem influência política, o que é essencial para restaurar a confiança dos investidores e preservar a soberania econômica do Brasil.

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O presidente do BC ressaltou ainda que a combinação de políticas fiscal e monetária é crucial para reduzir a incerteza e o prêmio de risco no Brasil. Ele destacou o esforço do governo em manter um compromisso firme, embora reconheça que há percepções exageradas no mercado quanto à capacidade de cumprimento destes compromissos.

Em relação à atividade econômica, Campos Neto apresentou dados positivos, com resultados acima do que era esperado, o que demonstra um crescimento que, se mantido, pode ser benéfico para o ambiente de negócios. Embora tenha mencionado que o juro real – a diferença entre a taxa básica de juros e a inflação – ainda esteja em um patamar considerado alto, é importante ressaltar que ele está abaixo dos níveis históricos.

Ele sugeriu que é fundamental que o foco seja invertido em direção ao esforço monetário e a taxa real neutra, que atualmente é estimada em 4,75%. Uma taxa neutra mais alta pode mitigar os efeitos da taxa básica sobre a economia, contribuindo para um cenário onde a iniciativa privada pode prosperar e criar empregos.

Essas declarações demonstram um comprometimento claro com políticas que promovem a estabilidade econômica e a liberdade de mercado, aspectos essenciais nas pautas conservadoras que visam o fortalecimento da economia nacional e o respeito aos valores tradicionais.

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