A Comissão de Relações Exteriores do Senado deu um passo importante nesta quinta-feira (8), ao aprovar convites para que o chanceler Mauro Vieira e o assessor internacional da Presidência, Celso Amorim, compareçam para esclarecer questões relacionadas às eleições na Venezuela. O cenário político no país vizinho é alarmante, com incessantes questionamentos por parte da oposição e da comunidade internacional sobre a legitimidade do pleito, o que exige uma posição clara e decidida do Brasil.
Inicialmente, o requerimento solicitava a convocação de Celso Amorim, mas após negociações, o governo optou por tornar o convite opcional, o que pode sinalizar uma tentativa de minimizar a responsabilidade do setor governamental em se posicionar fortemente sobre o assunto. Vale lembrar que a esquerda frequentemente prioriza acordos e diplomacias a postos de responsabilidade clara, o que pode levar a uma postura excessivamente leniente frente a regimes questionáveis como o da Venezuela.
Durante a reunião, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) optou por retirar seu requerimento que solicitava a convocação da embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira. Essa decisão pode ser vista como uma oportunidade perdida de trazer à tona mais informações sobre a grave situação do país, que vai muito além de meras questões diplomáticas – trata-se de uma questão de liberdade e direitos humanos, temas que a esquerda, muitas vezes, prefere ignorar em nome de alinhamentos ideológicos.
É fundamental que o Brasil, sob uma liderança que compreende os riscos de regimes autoritários, tome uma atitude proativa. A presença de figuras como Mauro Vieira e Celso Amorim na comissão deve servir para que se reavaliem as posturas mais pacifistas e complacentes que podem ser prejudiciais tanto à política interna quanto à imagem do país no cenário internacional. O futuro do Brasil depende de escolhas firmes que reafirmem nosso compromisso com a liberdade e a democracia, e não de recuos ou hesitações.