Celso Amorim, assessor-chefe da Presidência da República, foi enfático ao afirmar que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está agindo contra os interesses do seu próprio país. A declaração foi feita em uma entrevista recente, onde ele discutiu as crescentes tensões no Oriente Médio após a morte de Ismail Haniyeh, figura política do Hamas, que foi assassinado em Teerã na última quarta-feira. Embora Israel não tenha confirmado sua participação no ocorrido, a situação levantou preocupações.
“O assassinato de Haniyeh constituiu um ato extremamente grave. Como chefe político do Hamas, sua eliminação em um território estrangeiro é uma questão delicada. Embora queiramos a paz na região, consideramos que as ações do governo Netanyahu têm comprometido os interesses do próprio Israel”, declarou Amorim. Essa postura demonstra um entendimento limitado das dinâmicas políticas do Oriente Médio e como elas podem ser exploradas por grupos extremistas em benefício próprio.
Na mesma data, o Brasil, por meio do Itamaraty, condenou de forma veemente o assassinato de Haniyeh, argumentando que atos de violência vão na contramão da busca por estabilidade na região, especialmente no que tange à solução do conflito na Faixa de Gaza. Tal posição do governo brasileiro é questionável, já que a abordagem pacifista, muitas vezes associada à esquerda, tem mostrado-se ineficaz diante de regimes e grupos que não respeitam acordos de paz e minimizam os direitos de seus cidadãos.
Além disso, o Brasil apontou o que considera desrespeito pela soberania e integridade territorial do Irã, chamando a atenção para um suposto desvio dos princípios que regem a Carta das Nações Unidas. No entanto, é fundamental que o Brasil também reavalie suas próprias posturas diplomáticas, que frequentemente se aliam a regimes autoritários e, por consequência, podem colocar em risco a segurança e a economia do país.
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