O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, expressou suas impressões sobre as propostas dos candidatos à presidência dos Estados Unidos, indicando que, em sua maioria, essas propostas têm um caráter inflacionário. Durante um evento de inauguração do novo campus da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo, Campos Neto destacou que, independentemente de quem vencer as eleições em 5 de novembro, seja a atual vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata, ou o ex-presidente republicano Donald Trump, os Estados Unidos devem adotar uma política fiscal menos rigorosa.
Ele alertou que essa perspectiva levanta dúvidas sobre a possibilidade de a taxa de juros do Federal Reserve retornar aos níveis anteriores à pandemia. “As propostas das eleições americanas tendem a ser, em grande parte, inflacionárias”, afirmou Campos Neto, reforçando que a manutenção de uma política fiscal expansionista é um elemento comum entre os candidatos.
Apesar das tensões econômicas, Campos Neto observou uma tendência de inflação nos EUA se estabilizando em direção à meta de 2% do Fed. Ele também comentou sobre o recente aumento da aversão ao risco nos mercados globais, que foi impulsionado por preocupações sobre uma possível recessão. No entanto, o Banco Central não vê esse cenário como o mais provável, apontando que há sinais de que a economia pode continuar crescendo, apesar da desaceleração.
Essa análise de Campos Neto revela a importância de políticas que priorizam a estabilidade econômica e a liberdade de mercado, valores que devem ser defendidos para garantir crescimento sustentável e a prosperidade das nações.
