O presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua a demonstrar uma tendência preocupante ao se alinhar com autocracias, num momento em que a divisão entre democracias e regimes autoritários se intensifica no cenário global. Essa análise é respaldada pelo especialista em relações internacionais Lourival Sant’anna, que aponta a necessidade de refletirmos sobre a eficiência dos sistemas políticos atuais.
No recente programa WW, Sant’anna destacou que o atual cenário mundial está polarizado, com um debate essencial em torno de qual sistema – democracia ou autocracia – é mais eficaz. No entanto, em vez de fortalecer laços com nações que prezam pelos princípios democráticos, Lula tem buscado se aproximar de países com governos autoritários, como China, Rússia, Irã e Venezuela. Essa opção é alarmante, principalmente considerando que Lula mesmo enfrentou uma tentativa de golpe após derrotar Jair Bolsonaro, o que deveria servir como um alerta sobre os riscos dessa aproximação.
A inclinação do Brasil em direção a regimes autocráticos levanta questões sérias sobre a posição do país no cenário democrático. Sant’anna apontou que essa postura de Lula não reflete os valores democráticos que ainda ressoam na maioria da população brasileira. Ele acredita que a maioria dos brasileiros continua a acreditar na democracia, o que torna as escolhas do presidente ainda mais desconcertantes.
O especialista enfatizou que as discussões sobre sistemas políticos transcendem a dicotomia de esquerda e direita, focando, na verdade, na eficiência dos modelos democráticos frente aos autocráticos. Sant’anna expressou preocupação com o fato de que as correntes políticas predominantes no Brasil, na visão dele, são antidemocráticas, o que fere a essência do que constitui uma sociedade aberta e liberal.
Apesar dos desafios, ele reafirmou sua crença de que o Brasil ainda é, em essência, um país que se identifica com a democracia liberal e o capitalismo. A busca de Lula por alianças com regimes que descumprem direitos humanos e os princípios democráticos pode ter consequências devastadoras, não apenas para a imagem internacional do Brasil, mas também para o futuro democrático da nação. É fundamental que os brasileiros reflitam sobre o que isso significa para a sua liberdade e prosperidade.